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5 Cláusulas contratuais que você precisa entender antes de assinar a compra do imóvel

  • Foto do escritor: Dra. Tatiane Rodrigues
    Dra. Tatiane Rodrigues
  • 9 de jun.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 10 de jun.

Comprar um imóvel é provavelmente o maior investimento da sua vida. Mas entre a empolgação de encontrar a casa dos sonhos e a assinatura do contrato de compra e venda, existe um documento cheio de termos técnicos que pode esconder armadilhas caras.


Você sabia que muitas pessoas perdem milhares de reais simplesmente por não entenderem o que estavam assinando? A boa notícia é que conhecendo as cláusulas mais importantes, você pode se proteger e fazer um negócio seguro.


Neste artigo, vou explicar de forma simples as 5 cláusulas contratuais essenciais que todo comprador precisa entender antes de assinar qualquer documento. São informações que podem salvar seu investimento e evitar dores de cabeça no futuro.


1. Cláusula de preço e condições de pagamento: onde estão as principais armadilhas


Esta é a cláusula do contrato de compra e venda que define quanto você vai pagar e como. Parece óbvio, mas é aqui que muitas armadilhas contratuais se escondem.


O que você precisa verificar:


  • O valor total deve estar claramente especificado, sem margem para interpretação. Cuidado com contratos que falam em "valor aproximado" ou "sujeito a reajustes". Isso pode significar que o preço final será diferente do que você imagina.


  • As condições de pagamento precisam ser detalhadas: valor do sinal, número de parcelas, datas de vencimento, forma de pagamento e local onde deve ser feito. Se algo não estiver claro, peça esclarecimentos antes de assinar.


  • Armadilha comum: Juros e multas por atraso que só aparecem nas letras miúdas. Alguns contratos que envolver o código de defesa do consumidor, como é o caso do imóvel na planta, estabelecem juros abusivos que podem chegar a 2% ao mês, muito acima do que é considerado justo pelo mercado


Dica prática: Compare os juros e multas aplicados a você com as penalidades que o vendedor teria se atrasasse a entrega. Se houver desequilíbrio, negocie condições mais justas.


2. Cláusula de entrega e posse: quando você realmente terá seu imóvel


Esta cláusula define quando você receberá as chaves e em que condições o imóvel será entregue. É fundamental para seu planejamento financeiro e pessoal.


O que deve estar especificado:

  • A data exata de entrega ou o prazo máximo para conclusão da obra (no caso de imóveis na planta). Desconfie de prazos muito vagos como "aproximadamente" ou "previsto para".


  • As condições do imóvel na entrega também devem estar claras. Se for um imóvel usado vendido "porteira fechada", todos os móveis e objetos incluídos devem estar listados detalhadamente.


Problema frequente: Atrasos na entrega sem compensação adequada. Muitos contratos preveem multas pesadas se você atrasar o pagamento, mas não estabelecem penalidades proporcionais se o vendedor atrasar a entrega.


O que exigir: Cláusula de penalidade equilibrada que compense você financeiramente em caso de atraso na entrega.


3. Cláusula de responsabilidade pelas despesas: quem paga o quê


Esta cláusula define quem arca com os custos da transação: escritura, registro, taxas cartoriais, ITBI e outras despesas.


O que a lei diz:


  • Por lei, as despesas de escritura e registro ficam por conta do comprador, enquanto as de tradição (entrega) são do vendedor. Mas isso pode ser negociado entre as partes.


Cuidado especial: Alguns contratos tentam transferir todas as despesas para o comprador, incluindo custos que deveriam ser do vendedor. Isso pode representar milhares de reais a mais no seu investimento.


Dica importante: Peça uma estimativa detalhada de todas as despesas antes de assinar. Inclua esses valores no seu orçamento total para a compra.


4. Cláusula de rescisão e penalidades: sua válvula de escape


Esta cláusula define em que situações o contrato pode ser cancelado e quais as consequências financeiras para cada parte.


Por que é crucial:


  • A vida é imprevisível. Você pode perder o emprego, ter problemas de saúde ou descobrir defeitos graves no imóvel. Uma cláusula de rescisão justa protege você nessas situações.


Sinais de alerta: Contratos que proíbem completamente a desistência ou que estabelecem multas exorbitantes são abusivos e podem ser questionados na justiça.


O que é justo: As penalidades devem ser proporcionais e equilibradas para ambas as partes. Se você paga multa por desistir, o vendedor também deve ter penalidades equivalentes se não cumprir suas obrigações.



5. Cláusula de vícios e garantias: sua proteção contra defeitos

Esta cláusula define a responsabilidade do vendedor por defeitos no imóvel e as garantias oferecidas.


Para imóveis usados:


  • O vendedor deve garantir que o imóvel está livre de vícios ocultos - problemas que não são visíveis na vistoria mas que existem e podem causar prejuízos futuros.


Para imóveis novos:


  • A construtora deve oferecer garantia de pelo menos 5 anos para problemas estruturais e 1 ano para acabamentos, conforme o Código de Defesa do Consumidor.


Cuidado com: Cláusulas que isentam completamente o vendedor de responsabilidade por defeitos. Isso é abusivo e contraria a lei.


Proteção extra: Sempre faça uma vistoria detalhada antes da assinatura e documente qualquer problema encontrado. No caso de imóveis na planta, acompanhe a obra periodicamente.


6 Como se proteger: dicas práticas

Leia tudo com calma: Nunca assine um contrato sob pressão. Se alguém disser que "é só uma formalidade" ou que "todo mundo assina assim", desconfie.


Peça explicações: Se não entender alguma cláusula, peça esclarecimentos. Um vendedor honesto não terá problemas em explicar cada ponto do contrato.


Compare com o mercado: Pesquise as condições oferecidas por outros vendedores. Isso ajuda a identificar se as cláusulas são justas ou abusivas.


Busque ajuda profissional: Considere contratar um advogado especializado em direito imobiliário para revisar o contrato. O investimento em consultoria pode evitar prejuízos muito maiores no futuro.


7 Conclusão: Conhecimento é Sua Melhor Proteção

Comprar um imóvel não precisa ser um bicho de sete cabeças, mas exige atenção aos detalhes. Entender essas 5 cláusulas essenciais em contratos imobiliários é o primeiro passo para fazer um negócio seguro e evitar armadilhas contratuais.


Lembre-se: um contrato justo protege ambas as partes e estabelece regras claras para a transação. Se algo parecer desequilibrado ou confuso, questione antes de assinar.


Seu futuro financeiro agradece o cuidado que você tem hoje na escolha e análise do contrato. Afinal, conhecimento é a melhor proteção contra surpresas desagradáveis no mundo imobiliário.


8 Perguntas frequentes

Posso negociar as cláusulas do contrato de compra e venda? Sim! Todas as cláusulas podem ser negociadas entre comprador e vendedor. Não aceite a primeira versão do contrato como definitiva.


O que fazer se encontrar uma cláusula abusiva? Solicite a alteração da cláusula antes de assinar. Se o vendedor se recusar, considere procurar outro imóvel ou buscar orientação jurídica.


É obrigatório ter um advogado para revisar o contrato? Não é obrigatório, mas é altamente recomendado, especialmente para imóveis de alto valor ou contratos complexos.


Quanto tempo tenho para desistir da compra após assinar? Isso depende das cláusulas de rescisão do contrato. Por lei, não existe prazo automático de arrependimento para compra de imóveis.


Se você tiver alguma dúvida sobre o que foi escrito, pode entrar em contato pelo e-mail: contato@rodriguesefelix.adv.br, pelo WhatsApp abaixo ou pelos nossos perfis no Instagram: @tatiane.adv ou @rodriguesefelix.


Se a sua dúvida está relacionada ao fato de você estar passando por uma situação semelhante e deseja saber como agir ou quais são os seus direitos, recomendo procurar um advogado de sua confiança. Ele poderá analisar o seu caso específico e fornecer a orientação jurídica adequada.


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