Amor e Patrimônio: Por que Casais Devem Falar Sobre Sucessão Antes que Seja Tarde (2025)
- Dra. Adriane Felix
- 13 de jun.
- 4 min de leitura
Amor Também Se Planeja com Responsabilidade
O Dia dos Namorados é marcado por declarações, presentes e promessas de futuro. Mas o verdadeiro gesto de cuidado pode estar em algo que muitos casais evitam: conversar sobre patrimônio, herança e planejamento sucessório.
Neste artigo, você vai entender por que falar sobre bens e sucessão não é falta de amor — é proteção mútua, especialmente para casais com filhos, empresas, imóveis ou união estável.

1 O Que Acontece Quando o Casal Não Se Planeja?
A ausência de um plano sucessório claro pode causar:
Conflito entre herdeiros (ex-cônjuge, filhos de outros relacionamentos, sogros);
Bloqueio de bens que o parceiro ou parceira acreditava ter direito;
Inventários longos e caros, que consomem parte do patrimônio;
Sofrimento emocional agravado por insegurança jurídica.
Amar também é prever o futuro — inclusive quando ele é incerto.
2 Casais com Patrimônio: 3 Situações de Risco Real
2.1. União Estável Sem Documento
Muitos acreditam que a união estável garante os mesmos direitos do casamento. Mas, na prática, não é automático.
Se não houver contrato ou declaração, o parceiro sobrevivente pode não ser reconhecido como herdeiro legítimo.
Há risco de litígio com filhos, irmãos ou até pais do falecido.
2.2. Casais com Filhos de Relacionamentos Anteriores
Na ausência de planejamento, o cônjuge pode ser excluído da herança ou ter apenas parte dela, conforme o regime de bens.
Isso gera conflitos, inseguranças e muitas vezes compromete a estabilidade emocional da família.
2.3. Empresários ou Proprietários de Imóveis
Sem planejamento sucessório, os bens da empresa ou imóveis podem:
Entrar em disputa entre herdeiros;
Ser bloqueados em inventário;
Prejudicar o funcionamento do negócio ou moradia do parceiro sobrevivente.
3 Como Casais Podem Proteger um ao Outro de Forma Legal
Amar é proteger — também juridicamente.Veja algumas ferramentas que o casal pode usar com apoio jurídico:
3.1 Testamento
Permite deixar até 50% dos bens para o parceiro, mesmo em uniões não formalizadas.É simples, revogável e pode evitar disputas futuras.
3.2 Planejamento Sucessório
Inclui:
Pactos antenupciais ou contrato de união estável;
Doações em vida com cláusulas de uso e reversão;
Holding patrimonial ou estrutura societária familiar.
3.3 Apólices de Seguro e Previdência Privada
Embora não entrem no inventário, precisam estar alinhadas com a estratégia sucessória, especialmente em famílias compostas.
4 Amor, Planejamento e Liberdade de Escolha
Falar de sucessão não é antecipar o fim — é garantir liberdade de escolha, respeito à vontade e paz para quem fica.
Casais que se planejam:
Definem quem receberá o quê;
Evitam decisões judiciais traumáticas;
Transmitem cuidado e maturidade.
5 Conclusão: Planejar a Sucessão É Um Ato de Amor Real
No Dia dos Namorados, além de flores e jantares, que tal propor um passo além?Falar sobre o futuro patrimonial com quem você ama é uma forma de carinho, proteção e respeito.
E, com orientação jurídica adequada, esse processo pode ser simples, acessível e altamente estratégico.
6 FAQ – Perguntas Frequentes
Quem vive em união estável precisa fazer testamento?Se quiser garantir que o parceiro receba parte dos bens sem contestação, sim. É uma das ferramentas mais eficazes.
Tenho filhos de outro casamento. Como proteger meu cônjuge atual?Com planejamento sucessório bem feito, é possível equilibrar os interesses de todos com justiça e segurança jurídica.
Só pessoas ricas precisam de planejamento sucessório?Não. Qualquer pessoa com imóvel, carro, empresa ou família precisa considerar isso. O objetivo é proteger o que você construiu — seja qual for o valor.
Se você tem dúvidas sobre o conteúdo deste artigo ou deseja entender como aplicar essas orientações ao seu caso específico, entre em contato pelos canais abaixo.
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