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Guarda Unilateral: Em Quais Situações é Recomendada

  • Foto do escritor: Dra. Adriane Felix
    Dra. Adriane Felix
  • 3 de set.
  • 4 min de leitura

Letícia (nome fictício) enfrentava dificuldades com o ex-companheiro após o divórcio. O pai da filha era ausente, não contribuía com as decisões da criança e causava instabilidade emocional sempre que tinha contato. A guarda compartilhada, nesse caso, só agravava a situação. Foi então que a advogada dela sugeriu uma alternativa: a guarda unilateral.


Mas em que casos esse tipo de guarda é realmente indicado? E como funciona legalmente?


Neste artigo, você vai entender:


  • O que é a guarda unilateral.

  • Quando ela é recomendada pela Justiça.

  • Diferença em relação à guarda compartilhada.

  • Como pedir a guarda unilateral.

  • Direitos e deveres do genitor que perde a guarda.


Mulher com filha pequena ao lado, em ambiente doméstico, segurando documentos com expressão serena

1 O que é a guarda unilateral?

A guarda unilateral é aquela atribuída a apenas um dos genitores, cabendo a ele todas as responsabilidades quanto à criação, educação, saúde e bem-estar da criança.


O outro genitor mantém direito de visitas e dever de prestar alimentos, mas não participa das decisões cotidianas da vida do filho.


2 Em quais situações a guarda unilateral é recomendada?

Apesar de a guarda compartilhada ser o modelo prioritário segundo a legislação brasileira, existem situações em que a guarda unilateral é considerada mais adequada ao interesse da criança:


  • Quando um dos pais é ausente ou negligente.

  • Se há histórico de violência doméstica, abuso ou agressividade.

  • Quando há conflitos constantes que afetam a criança.

  • Se um dos genitores vive em local distante, dificultando a convivência equilibrada.

  • Casos em que um dos pais abre mão expressamente da guarda.


A decisão sempre leva em conta o que for mais benéfico à criança ou adolescente, conforme o princípio do melhor interesse previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


3 Diferença entre guarda unilateral e guarda compartilhada

Aspecto

Guarda Compartilhada

Guarda Unilateral

Decisões sobre o filho

Tomadas por ambos os pais

Apenas um genitor decide

Residência do menor

Pode ser fixa ou alternada

Fica com o genitor guardião

Participação na rotina escolar/médica

Ambos participam

Apenas o detentor da guarda

Direito de visita

Garantido

Garantido ao genitor não guardião

Obrigatoriedade

Prioritária por lei

Excepcional e justificada

4 Como solicitar a guarda unilateral?


O pedido de guarda unilateral pode ser feito:


  • No processo de divórcio (se os pais não concordarem com a guarda).

  • Em ação específica de modificação de guarda, caso já exista guarda compartilhada e a situação tenha mudado.


É indispensável apresentar provas que justifiquem o pedido, como:


  • Testemunhos.

  • Boletins de ocorrência.

  • Relatórios psicológicos.

  • Registros de abandono, negligência ou agressividade.


5 O genitor perde todos os direitos?

Não. O genitor que não detém a guarda mantém o direito de convivência (visitas) e o dever de pagar pensão alimentícia. Porém, não terá mais poder de decisão sobre questões relevantes da vida da criança.


Ainda assim, o juiz pode impor limitações ou restrições ao contato caso isso seja necessário para proteger a criança.


6 Conclusão

No caso de Letícia, a guarda unilateral foi a forma de proteger sua filha e garantir uma criação mais estável. A decisão judicial considerou os fatos apresentados, priorizando o bem-estar da criança.


Embora a guarda compartilhada seja regra, a guarda unilateral ainda é a melhor solução em muitos casos. Sempre que houver dúvidas, o ideal é buscar orientação jurídica especializada, já que cada caso é único e deve ser analisado com cuidado.


7 FAQ – Guarda Unilateral

1. Quem decide se a guarda será unilateral? O juiz da Vara de Família, com base no melhor interesse da criança.


2. Posso pedir guarda unilateral se o pai não participa da vida do filho? Sim. A ausência constante e a negligência são motivos aceitos para mudança de guarda.


3. O genitor sem guarda pode visitar o filho? Sim, o direito de convivência é garantido, salvo decisão judicial em contrário.


4. Preciso provar que o outro genitor é negligente? Sim, é necessário apresentar provas concretas que justifiquem a solicitação da guarda unilateral.


5. A guarda unilateral impede a criança de ter contato com o outro genitor? Não necessariamente. O juiz pode garantir as visitas, desde que isso não afete o bem-estar do menor.


Se você tem dúvidas sobre o conteúdo deste artigo ou deseja entender como aplicar essas orientações ao seu caso específico, entre em contato pelos canais abaixo.


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⚖️ Caso esteja enfrentando uma situação semelhante e precise de um direcionamento seguro, a recomendação é procurar um advogado de sua confiança para uma análise jurídica individualizada e estratégica. 



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